Exposição de documentário do 11 de setembro

Exposição de documentário do 11 de setembro
Carlinhos em mais um de seus momentos hilários

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Creio ser pertinente solicitar aos leitores, especialmente aqueles que pretendem utilizar essas aulas como estudo, que procurem seguir a seqüência das aulas aqui disposta. Logo, quem ainda não leu a aula anterior, não perca tempo. Tratamos na última aula da estrutura geral da Administração Pública brasileira, em especial a federal, alertando o leitor para alguns assuntos que freqüentemente têm sido alvo de questões em concursos públicos. Nesta aula, continuaremos a tratar da organização da Administração Pública federal, destacando outros assuntos. Conforme já vimos, a Administração federal, segundo o Decreto-Lei nº 200/67, compreende a administração direta e a indireta. Na Administração Indireta encontramos: as autarquias, as empresas públicas, as sociedades de economia mista e as fundações públicas. Essas entidades vinculam-se ao ministério em cuja área de competência enquadra-se sua principal atividade e são responsáveis pela execução de atividades de Governo que necessitem ser desenvolvidas de forma descentralizada. Cabe enfatizar que todos os entes da administração indireta citados são pessoas administrativas, com personalidade jurídica própria, enquanto que a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios são pessoas políticas. Destaca-se o conceito de Autarquia de Maria Sylvia Di Pietro (Direito Administrativo, 8ª edição),"a pessoa jurídica de direito público, criada por lei, com capacidade de auto-administração, para o desempenho de serviço público descentralizado, mediante controle administrativo exercido nos limites da lei." Cabe destacar ao leitor, neste ponto, a importância da exigência de criação das autarquias por meio de lei, que está prevista no art. 37, inciso XIX, da Constituição Federal, senão vejamos: "XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso definir as áreas de atuação;" Já, Fundação Pública pode ser, sinteticamente, conceituada como o ente dotado de personalidade jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, com patrimônio próprio, criado para o desenvolvimento de atividades que não exijam execução por órgão ou entidade de direito público. A Lei nº 7.596, de 10 de abril de 1.987, deu nova redação ao art. 4º do Decreto-Lei nº 200, para nele incluir as fundações públicas. Como exemplo de fundações públicas, podemos citar as universidades federais. Sociedade de Economia Mista é o ente dotado de personalidade jurídica de direito privado, instituído por meio de autorização legislativa para exploração de atividade econômica, sob a forma de sociedade anônima. Como exemplo podemos citar o Banco do Brasil. Empresa Pública é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com patrimônio próprio e capital exclusivo da União, criada para exploração de atividade econômica que o Governo seja levado a exercer por força de contingência ou conveniência administrativa, podendo assumir qualquer das formas admitidas em direito. Como exemplo, temos a Caixa Econômica Federal. Antes de passar para realização das questões a seguir, recomendo aos leitores que leiam em outras fontes sobre o assunto desta aula. O gabarito será dado na próxima aula. O gabarito da Aula 01 – Administração Pública Brasileira é o seguinte: Questão 91 – "C"; Questão 16 – "B"; Questão 49 – "C". Questões de Concursos Públicos referentes à Aula 02 – Administração Pública Brasileira (Questão n.º 20 da Prova do Concurso Público para provimento do cargo de Procurador da República – Ano 1997) 20. As Autarquias: I. podem ser criadas sem especialização de seus fins, ou seja, não estão limitadas a exercer certas e determinadas atividades; II. devem ser criadas por lei, mas não possuem capacidade de auto-administração; III. são criadas para o desempenho de serviço público descentralizado, mediante controle administrativo exercidos nos limites da lei. Analisando as assertivas acima, verifica-se que: (A) todas estão corretas; (B) apenas a I está correta; (C) apenas a II está correta; (D) apenas a III está correta. (Questão n.º 17 da Prova do Concurso Público para provimento do cargo de Advogado da União – Ano 1998) 17. As autarquias e as empresas públicas, como integrantes da Administração Federal Indireta, equiparam-se entre si pelo fato de que ambas são: (A) pessoas administrativas, com personalidade jurídica própria; (B) pessoas administrativas, sem personalidade jurídica própria; (C) pessoas jurídicas de direito público interno; (D) pessoas jurídicas de direito privado; (E) pessoas ou entidades políticas estatais. Frase para Reflexão "Pode-se conseguir tudo o que se quiser, basta pagar o preço." (Autor desconhecido)

Administração Pública

Inicialmente, gostaria de explicar aos leitores algumas linhas-mestra que balizarão nossas aulas, para que vocês possam tirar o maior proveito possível das mesmas. É mister caracterizar que usarei a linguagem mais didática possível, como se estivéssemos em uma sala de aula. A aula não tem a pretensão de esgotar a matéria, mas apenas destacar os pontos mais importantes e enfatizar o que as provas de concursos, invariavelmente, pedem. É importante que o leitor não olvide de ler os grandes mestres do direito administrativo, pois dessa forma, poderá sedimentar a matéria. Como coroamento de cada aula, colocarei questões atualizadas de provas de concursos públicos, relacionadas com o assunto da aula. E, ao final, deixarei uma mensagem para reflexão, relacionada não só com o estudo, mas principalmente com as diversas circunstâncias que envolvem o nosso dia-a-dia, com o escopo de que o leitor melhore não só os seus conhecimentos em direito administrativo, mas também aperfeiçoa-se como ser humano, pois só assim construiremos um mundo melhor para cada um de nós e para todos. Estarei à disposição dos leitores, dentro das limitações inerentes ao ser humano, para sanar dúvidas por meio do correio eletrônico. Antes de falar sobre a estrutura da Administração Pública brasileira, é importante que sejam dados conceitos de alguns importantes institutos, quais sejam: Estado, Governo e Administração Pública. O Estado, sinteticamente, é o ente que necessariamente é composto por três elementos essenciais: povo, território e governo soberano. Para que o Estado exerça suas funções, este manifesta-se por meio dos Poderes do Estado (ou Funções do Estado), que são o Legislativo, o Executivo e o Judiciário, independentes e harmônicos entre si, conforme assevera a nossa Constituição Federal (art. 2º). A função principal do Poder Legislativo é a elaboração de leis (função legislativa), a função principal do Poder Executivo é a execução das leis (função administrativa), enquanto que a função principal do Poder Judiciário é a aplicação das leis aos casos concretos (função judicial). Aqui, cabe um primeiro alerta aos leitores, pois em várias questões de prova, tenho visto que os examinadores tentam confundir os concursandos ao tentar vincular a função administrativa exclusivamente ao Poder Executivo, o que é um erro, pois conforme expliquei, cada um dos três Poderes desempenham cada uma dessas funções de maneira precípua, mas todos eles desempenham todas as funções. Ou seja o Poder Executivo, também legisla e julga; o Poder Legislativo, também executa e julga e o Poder Judiciário, também executa e legisla, mas em todos esses casos de forma secundária. Governo, conforme nos ensina o eminente autor Hely Lopes, "é a expressão política de comando, de iniciativa, de fixação de objetivos, do Estado e da manutenção da ordem jurídica vigente." No que se refere à Administração Pública, os autores têm várias formas de conceituá-la. Novamente, aqui, utilizaremos a definição de Hely Lopes, "a Administração é o instrumental de que dispõe o Estado para pôr em prática as opções políticas de governo." (Direito Administrativo Brasileiro, 1993, Malheiros, págs. 56-61) A Administração Pública pode classificar-se em: Administração Pública em sentido objetivo, que "refere-se às atividades exercidas pelas pessoas jurídicas, órgãos e agentes incumbidos de atender concretamente às necessidades coletivas", e Administração Pública em sentido subjetivo, que "refere-se aos órgãos integrantes das pessoas jurídicas políticas (União, Estados, Municípios e Distrito Federal), aos quais a lei confere o exercício de funções administrativas." (Direito Administrativo, Maria Sylvia Zanella Di Pietro, 1997, Atlas, págs. 55-56) Cada um desses entes políticos possui sua organização administrativa. Será objeto do nosso estudo, a estrutura administrativa federal, ou seja da União. O Decreto-Lei n.º 200, de 25 de fevereiro de 1967, dispõe sobre a organização da Administração Federal, e em seu art. 4º estabelece a divisão entre administração direta e indireta. A Administração Direta constitui-se dos serviços integrados na estrutura administrativa da Presidência da República e dos ministérios, enquanto que a Administração Indireta constitui-se nas autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações públicas. As autarquias e as fundações públicas têm natureza jurídica de direito público, enquanto que as empresas públicas e sociedades de economia mista têm natureza jurídica de direito privado. Cabe frisar ao leitor a grande importância deste texto legal, objeto de várias questões de prova. O leitor deve ter em mente que esses entes citados pertencem à Administração Pública federal e estão no ordenamento jurídico legal, ou seja, estão positivados (na lei). Existem vários outros entes, que pertencem à Administração Pública Indireta segundo a doutrina (ou seja, o sistema teórico de princípios aplicáveis ao direito positivo, consubstanciado pelo consenso dos escritores) e não estão positivados, tais como os entes cooperativos (ou entes de cooperação), que serão objeto de estudo em outra aula. Antes de passar para realização das questões a seguir, recomendo aos leitores que leiam em outras fontes sobre o assunto desta aula. O gabarito será dado na próxima aula. Questões de Concursos Públicos referentes – Administração Pública Brasileira (Questão n.º 91 da Prova do Concurso Público para provimento do cargo de Juiz de Direito Substituto do Distrito Federal – Ano 1997) 91. Assinale a alternativa correta: De acordo com o direito positivo, a "Administração Indireta" é composta por: (A) autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista prestadoras de serviço público e fundações instituídas pelo poder público; (B) autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista prestadoras de serviço público e empresas concessionárias de serviço público; (C) autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações instituídas pelo poder público; (D) autarquias, órgãos autônomos, empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações instituídas pelo poder público. (Questão n.º 16 da Prova do Concurso Público para provimento do cargo de Advogado da União – Ano 1998) 16. A Administração Pública, como tal prevista na Constituição Federal (art. 37) e na legislação pertinente (Decreto-Lei nº 200/67, com alterações supervenientes), além dos órgãos estatais e de diversos tipos de entidades abrange, também, (A) as concessionárias de serviço público em geral; (B) as universidades federais que são fundações públicas; (C) as organizações sindicais; (D) os chamados serviços sociais autônomos (Senai, Senac etc.); (E) os partidos políticos. Questão n.º 49 da Prova do Concurso Público para provimento do cargo de Juiz de Direito Substituto do Distrito Federal – Ano 1999) 49. Assinale a alternativa correta: (A) As autarquias, dotadas de personalidade jurídica de direito público, integram a Administração Direta; (B) As autarquias, dotadas de personalidade jurídica de direito privado, integram a Administração Indireta; (C) As empresas públicas, dotadas de personalidade jurídica de direito privado, integram a Administração Indireta; (D) As fundações públicas, dotadas de personalidade jurídica de direito privado, integram a Administração Indireta. Frase para Reflexão "A felicidade depende do modo com que cada um encara a vida." (Galache) Obs.: frase extraída do livro "Lições para uma vida despreocupada e feliz" de Antônio Balsalobre Leiva – frase n.º 288.

Princípios gerais de redação

Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará. (Jesus) A boa redação deve necessariamente respeitar a verdade. Falar a verdade e, mais ainda, registrá-la por escrito é um dever ético, um ato de cidadania e de respeito aos direitos humanos, indispensável na convivência social. Por isso, o texto escrito deve expressar conceitos que julgamos verdadeiros. A mentira, o subterfúgio, o propósito de enganar não podem fazer parte do nosso código de conduta. Quem escreve deve ater-se a fatos e realidades, não podendo perder-se em fantasias, opiniões pessoais ou divagações. Falta credibilidade ao texto que não seja verossímil, que contenha afirmações genéricas, por exemplo: “O Brasil é um país atrasado, que nunca alcançará as grandes nações”. Se o redator tivesse dados concretos (estatísticas, números), eventualmente poderia desenvolver uma tese nesse sentido, mas ainda assim seria muito perigoso (do ponto de vista da credibilidade) fazer afirmações tão largas, que podem ser desmentidas por outras em sentido oposto. Então, em vez de “chutar” uma opinião dessas, sem fundamento, é de boa técnica redigir um texto mais contido, que se baseie em dados concretos e comprovados (também não adianta citar estatísticas a esmo, extraídas de fontes duvidosas ou até de noticiários da imprensa, que podem pecar pela falta de rigor científico). Quando se trata de textos jurídicos, é imposição legal que os fatos devem ser expostos em juízo conforme a verdade; não podem ser formuladas pretensões, nem alegada defesa, destituídas de fundamento (artigo 14 do Código de Processo Civil); a lei pune o litigante de má-fé, ou seja, aquele que alterar a verdade dos fatos (art. 17, II do mesmo Código). Então, o primeiro dever do bom redator é procurar alcançar a verdade naquilo que escreve, evitando todo desvio de argumentação, sofismas ou imprecisões, que esvaziam o bom texto. Clareza O fácil torna-se difícil, graças ao inútil. (sabedoria popular) O segundo princípio da boa redação é a clareza. Expressar o pensamento sem obscuridade é uma arte, que exige muito exercício, até que o redator se acostume a escrever de forma simples, com frases curtas e objetivas, de fácil compreensão para o leitor. Certa vez um juiz escreveu na sentença: “Relativamente aos depoimentos das testemunhas arroladas pelo requerido, são cheias de evasivas, exceção feita à excompanheira, a qual afirma a existência de um imóvel que foi vendido e o valor rateado entre ambos, o mesmo ocorrendo com um veículo entre ambos adquirido, anotando mais que haviam adotado um filho durante a vida em comum, sendo que o requerido não pagava pensão para a criança porque o pai, ao falecimento, deixou o mesmo como seu beneficiário, sendo que o réu vem pagando um plano de saúde” É difícil entender todas essas informações, misturadas numa única frase, que trata ao mesmo tempo de testemunhas, ex-companheira, imóvel, veículo, filho adotado, pensão, falecimento e (ufa!) um plano de saúde. Aí está um bom exercício de redação: reescrever esse texto, tornando-o legível e compreensível. Ou, alternativamente, podem tentar aclarar este conceito, expresso por um acadêmico: “Direito, ao meu ver, é o fenômeno social e só existe, pois a sociedade necessita do mesmo. Sem sociedade não se teria direito, pois o mesmo não vive sem a mesma”. A apresentação gráfica do texto é fundamental para a clareza. Com o uso do computador, é fácil escolher o tipo e o tamanho das letras, que facilitem a leitura. Deve ser adotado um padrão de composição (letras, margens, espaços); nada de letras muito miúdas, ou garrafais, nem de caracteres extravagantes. Coerência Eu não consigo entender sua lógica. (Caetano Veloso) Uma boa redação deve ser coerente. A palavra “coerência” (do latim “co-haerentia”, ligação, harmonia) indica a conexão ou nexo entre os fatos, ou as idéias; lógica. Ou seja: é necessário ter um discurso lógico, se possível calcado no modelo do silogismo, pelo qual, postas duas premissas, segue-se uma conclusão. O importante é não se contradizer: uma vez adotada uma tese, ou escolhido um ponto de vista, cumpre desenvolver o raciocínio pertinente até o fim, usando argumentos bem encadeados. Incorreta uma sentença, na qual o juiz considerou que os fatos ficaram provados, o réu era culpado, mas absolveu-o ... por falta de provas. Pura distração, desatenção, descuido – o que seja, mas a lógica não pode ser sacrificada: é preciso observar sempre o antecedente para afirmar o conseqüente. Essa técnica se adquire com a prática e com a reflexão: pensar antes de escrever; se necessário, redigir um resumo, um rascunho, ou simples notas que ajudarão a memória (documentos, folhas dos autos, artigos da lei, precedentes da jurisprudência etc.). O computador é precioso auxiliar nessa tarefa, bastando que seu usuário saiba dirigir corretamente suas pesquisas. Vale lembrar que o Código de Processo Civil considera inepta a petição inicial, entre outras hipóteses, quando “da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão”, ou quando “contiver pedidos incompatíveis entre si” (incisos II e IV do parágrafo único, do art. 295). Daí a responsabilidade do advogado ao redigir a inicial, sem dúvida a peça mais importante do processo. E a própria escolha do tipo de ação a ser ajuizada é tarefa das mais árduas, que exige o máximo de cuidados técnicos, bom senso e diligência. O mesmo ocorre com o juiz, que deverá observar os requisitos essenciais da sentença (art. 458 do CPC), o que às vezes envolve questões muito complexas, nas quais a lógica e a clareza da expressão disputam, ao lado da verdade, a primazia da boa redação. Concisão A concisão é a luxúria do pensamento. (Fernando Pessoa) A palavra CONCISÃO, do latim concisione, indica o ato de cortar, de partir em pedaços; conciso significa cortado, curto, limitado. No texto de Fernando Pessoa, quer significar que a concisão é a riqueza (a beleza) do pensamento (luxúria = exuberância, superabundância, viço das flores). Escrever de forma concisa, ou escrever com concisão, quer dizer ser objetivo, direto, não repetir idéias ou palavras, não alongar o texto desnecessariamente. O jurista Moniz de Aragão apontou o defeito da falta de objetividade: "A leitura de peças forenses é desanimadora. Escritas em linguagem que beira o ridículo pelo palavreado, falta-lhes a limpidez necessária a esclarecer as questões submetidas a julgamento" ("O Processo Civil no limiar de um novo século", in "Cidadania e Justiça", Revista da AMB, n. 8, 2000, p. 58). Nosso Código de Processo Civil é severo no policiamento da linguagem, reiterando preceitos tendentes a evitar os abusos - art. 282 (requisitos da petição inicial) - art. 302 ("na contestação, cabe ao réu manifestar-se precisamente sobre os fatos narrados na petição inicial") e assim por diante. Não seria necessário que a lei fizesse tais observações, se todos - advogados, promotores, juízes - cuidassem de escrever de forma concisa, apenas o necessário. A citação de autores, obras jurídicas, textos legais deve limitar-se ao essencial; inútil transcrever matéria estranha, precedentes de jurisprudência repetidos, que nem sempre se aplicam com pertinência ao caso. Nos trabalhos acadêmicos, sobretudo monografias, teses e dissertações de pósgraduação, permite-se (às vezes é até necessário) desenvolver um pouco mais o texto, digamos “incrementá-lo” com citações mais longas, em língua estrangeira quando pertinentes, antecedentes históricos e outras colocações, que o bom estudante, o mestrando ou o doutorando saberão selecionar. O que se recomenda, apenas, é que esse alargamento não venha a tornar o texto excessivamente “derramado”, como se o autor tivesse começado a escrever e não encontrasse a saída para concluir; ou sob outra perspectiva, como se o redator pretendesse mostrar uma sabedoria esnobe, sem se desculpar perante os demais mortais pela sua imensa superioridade intelectual. Enfim, aqui fica uma sábia lição do jesuíta espanhol Baltasar Gracián, da obra "A arte da prudência", escrita em 1647: "A brevidade é agradável e lisonjeira, além de dar mais resultado. Ganha em cortesia o que perde pela concisão. As coisas boas, se breves, são duplamente boas. Todos sabem que o homem prolixo raramente é inteligente. Diga brevemente e terá bem dito". Correção Não é possível dialogar com pessoas que manifestam por escrito a sua incompetência. (João Guimarães Rosa) A correção constitui o quinto princípio da boa redação. É preciso escrever em linguagem correta, que observe as regras gramaticais básicas; caso contrário, o leitor, se tiver razoável conhecimento do idioma, logo perceberá a insegurança do redator e não confiará no texto que está lendo. Se o leitor não confia em quem escreve, fica incompleta a comunicação emissor-receptor e ambos perdem tempo. A experiência indica que primeiro se deve escrever, compor um texto, em torno do qual se irá trabalhar. Não importam eventuais erros, porventura cometidos na primeira redação. Importa sim é colocar as idéias no papel, para que se possa visualizar o conjunto de palavras. Daí vem a segunda etapa: ler o que está escrito e começar a corrigir. A correção quase sempre inclui uma série de cortes: riscam-se (deletam-se) palavras inúteis, “enxuga-se” o texto, suprimindo tudo o que for dispensável. Se for o caso, é melhor reescrever – começar nova redação, se a primeira se apresenta imperfeita, a tal ponto que parece estar inteiramente errada (“não era isso que eu pretendia dizer...”). Feita essa primeira correção, não custa ir ao dicionário para esclarecer algumas dúvidas. Ao dicionário, ou à gramática, ou ainda aos manuais de redação, que sempre devemos ter à mão. Assim, aos poucos, o texto vai se aperfeiçoando e ficará “no ponto” que consideramos satisfatório. Sempre que possível, vale a pena guardar a redação por um dia, deixar que descanse uma noite – no dia seguinte, parece que as dúvidas se desfazem, as idéias estão mais claras. A leitura do texto nos indicará, então, o caminho definitivo: eis a nossa redação concluída, sem pressa, sem afobação e, acima de tudo, correta, o que é motivo de satisfação para nós e, queira Deus, para o nosso leitor... Embora hoje em dia haja certa tolerância com o uso da linguagem incorreta, o bom redator não se permite usar expressões inadequadas, tais como “sendo que”, “através” (em lugar de “por meio de”), “o mesmo” (usado como pronome pessoal, em lugar de “ele”), “inclusive”, “com certeza” etc. A terceira parte deste trabalho trata de questões práticas, relacionando os erros e dificuldades mais comuns na redação. Precisão Livra-me, Senhor, da tolice de querer contar todos os detalhes; dá-me asas para voar diretamente ao ponto que interessa (Santa Teresa de Ávila – 1515-1592) A precisão (do latim praecisu, cortado, separado de; cortado a pique) indica a idéia da redação planejada e incisiva. No texto, é empregada com o sentido de exatidão, rigor sóbrio de linguagem (Dicionário Aurélio). Em primeiro lugar, é necessário planejar o texto a ser escrito. Um breve resumo, um esquema, anotações, um rascunho – qualquer coisa deve anteceder a redação, que há de seguir um roteiro, pelo qual se definirão as dimensões do trabalho. Se se trata de uma prova acadêmica, o aluno deverá calcular o tempo disponível para escrever, a possibilidade de consulta a textos legais (ou a proibição dessa consulta), o espaço de papel que lhe é permitido ocupar e assim os demais fatores que envolvem esse momento crítico da vida estudantil. Na prova escrita, num concurso público, é necessário dosar o tempo concedido aos candidatos, tendo em vista que, às vezes, outras questões dissertativas também deverão ser respondidas. Já quando o trabalho exige maior envergadura (monografias, dissertações etc.) o planejamento é indispensável, para que resulte um texto preciso, bem desenvolvido mas “enxuto”, em que se encadeiam todos os princípios da boa redação. Em segundo lugar, a precisão importa no uso de substantivos e verbos, em lugar de adjetivos, advérbios e outras expressões vagas e vazias. Não se devem usar expressões como “um grave acidente aéreo, no qual morreram todos os ocupantes do avião” (todo acidente aéreo é grave); “um incêndio pavoroso destruiu totalmente a favela” (o fato em si dispensa o comentário “pavoroso”; o advérbio “totalmente” é dispensável,pois “destruiu a favela” já indica sua destruição total); “a vítima foi despojada de todos os seus haveres” (o adjetivo “todos” é dispensável); “o recurso é completamente intempestivo” (se o recurso está fora de prazo, é intempestivo; se está no prazo, é tempestivo – não existe “completamente intempestivo”). A precisão da linguagem jurídica também envolve o uso adequado das expressões próprias da lei, que devem ser adotadas na redação, de preferência a sinônimos ou palavras estranhas ao vocabulário técnico (p.ex. parâmetro, em lugar de critério, princípio etc.; referencial, diferencial e outras palavras inadequadas à linguagem jurídica). E não há mal em repetir palavras de uso específico (ex. hipoteca, penhora, usucapião), como aliás determina a lei: “expressar a idéia, quando repetida no texto, por meio das mesmas palavras, evitando o emprego de sinonímia com propósito meramente estilístico” (Lei Complementar nº 95, de 26 de fevereiro de 1998) (ver “Redação de atos normativos”, neste volume).

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Desafios de raciocínio lógico

1) Um bolsa tem 27 bolas de bilhar que parecem idênticas. É certo que há uma bola defeituosa que pesa mais que as outras. Dispomos de uma balança com 2 pratos. Demonstre que se pode localizar a bola defeituosa como somente três pesagens. 2) A média mensal de ovos postos pelas aves na Suécia são na proporção de 35 ovos por mês. O Sr. Thomas Dhalin, um pequeno proprietário do interior do país decidiu incrementar sua fazenda comprando um pato. Quantos ovos, de acordo com as estatísticas, ele terá comercializado ao final de um ano? 3)Uma aranha tece sua teia no marco de uma janela. Cada dia duplica a superfície feita anteriormente. Dessa forma tarda 30 dias para cobrir o vazio da janela. Se em vez de uma aranha, fossem duas, quanto tempo demoraria para cobrir o vazio. 4)De três irmãos - José, Adriano e Caio -, sabe-se que ou José é o mais velho ou Adriano é o mais moço. Sabe-se também, que ou Adriano é o mais velho ou Caio é o mais velho. Então quem é o mais velho e quem é o mais moço dos três irmãos? 5)Buscando água, uma rã caiu em um poço de 30 metros de profundidade. Na sua busca por sobrevivência, a obstinada rã conseguia subir 3 metros cada dia, sendo que a noite resbalava e descia 2 metros. Quantos dias a rã demorou para sair do poço? 6)Dois amigos bêbados compraram 8 litros de vinho. Eles estavam caminhando, e na metade do caminho, decidem separar-se, repartindo antes o vinho igualmente. Para realizar as medidas há um barril de 8 litros (onde está o vinho), uma vasilha de 5 e outra de 3 litros. Como eles podem fazer para repartir igualmente o vinho? 7)4 amigos devem cruzar uma frágil ponte de madeira. É noite, e é indispensável usar uma lanterna para cruzar. A ponte somente pode suportar o peso de 2 pessoas e os amigos possuem apenas uma lanterna. Camila demora 8 minutos para cruzar, Manolito demora 4 minutos, Carlos demora 2 e Romerito 1 minuto. Como devem fazer para cruzar para o outro lado, os 4, levando apenas 15 minutos? 8)Dois trens estão na mesma via, separados por 100 Km. Começam a se mover um em direção ao outro, a uma velocidade de 50Km/h. No mesmo momento, uma supermosca sai da 1ª locomotiva de um dos trens e voa a 100 Km/h até a locomotiva do outro trem. Apenas chega, dá meia volta e regressa até a primeira locomotiva, e assim vai e vem de uma locomotiva para a outra até que os dois trens se chocam e assim morre no acidente. Que distância percorreu a supermosca? 9)Dois caçadores saíram para abater marrecas em uma caçada à beira de um grande lago. Eis que surge um bando de marrecas, comandadas por um líder e guiadas por uma marreca batedora. Ao avistar os caçadores, imediatamente a marreca batedora altera a rota do bando, levando suas companheiras para um local seguro. Lá chegando, comenta com a marreca líder: Chegamos ilesas, toda a centena! A marreca líder, retruca: Você deve estar estressado. Desaprendeu até a contar. Falta muito para chegarmos a cem. Faça você mesmo a conta: Duplique nosso número, acrescente mais a metade e mais um quarto, e não esqueça de incluir você na conta. Dessa forma conseguirás acertar a conta. Qual é o número real de marrecas? 10)Uma mãe tem 6 filhos e 5 batatas. Como pode distribuir as batatas uniformemente entre os 6 filhos? (Não vale fração)

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Perguntas sobre o BRIC

1-A sigla BRIC é formada pela inicial dos nomes de quais países? Brasil, Rússia, Índia e China Brasil, Reino Unido, Índia e China Bolívia, República Checa, Índia e Canadá Brasil, Rússia, Israel e Coréia do Sul 2-Que tipo de bloco é o BRIC, no contexto da geopolítica mundial? Econômico, como a Alca Político e regional, como a União Européia Militar, como a Otan Nenhuma das alternativas está correta 3-Desde quando existe a sigla BRIC? Ela foi criada por um analista de mercados do grupo Goldman Sachs. Desde 1988 Desde 1996 Desde 2001 Desde 2006 4-O que os quatro países do BRIC têm a oferecer para os mercados globais? Tecnologia avançada Recursos naturais e mão-de-obra Indústria automobilística em expansão Ecoturismo 5-As economias emergentes do BRIC somam que porcentagem do PIB (Produto Interno Bruto) mundial, atualmente? 5% Cerca de 15% 30% Cerca de 45%

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Mim e eu: veja as diferenças de uso

As gramáticas da língua portuguesa sempre recomendam que as formas oblíquas tônicas dos pronomes pessoais sejam regidas de preposição. Esses pronomes são: mim, ti, ele, ela, si, você, nós, vós, eles, elas, si, vocês. Assim: Venham a mim. Venham a nós. Minha filha precisa de mim. Ela só pensa em si (mesma). Tudo já foi dito a vocês. O meu ódio a ela crescia dia a dia. Até aqui parece não haver problemas. Todavia, existe verdadeira confusão em relação ao uso correto (padrão) do pronome pessoal do caso oblíquo tônico "mim" e o pronome pessoal do caso reto "eu". A dificuldade aparece em frases como esta: a) "No jantar, Lili ficou entre mim e ele, o padrinho, e, coisa incrível, deu-me mais atenção que a ele." (Afrânio Peixoto apud Celso Cunha, 1975, p. 298). As gramáticas condenariam, por exemplo, o uso de "Lili ficou entre eu e ele...", porque "entre" é uma preposição e exige, como já ressaltado, o pronome na forma oblíqua tônica "mim", e não a forma pessoal do caso reto "eu". Existe outra confusão, quando há casos como os seguintes: b) João fez de tudo para eu falar. c) Não façam nada sem eu saber. Nesses casos, temos a forma reta depois de uma preposição. Não parece estranha? Parece que os exemplos "b" e "c" contradizem o exemplo "a". Na verdade, não existe contradição, porque as gramáticas dizem que se usam as formas retas, mesmo depois de uma preposição, quando o pronome for sujeito de um verbo infinitivo que vier a seguir. Para ter certeza, façamos o teste. É como se disséssemos: b.1) João fez de tudo para que eu falasse. c.1) Não façam nada sem que eu saiba. Diferentes posições de um mesmo gramático A Gramática da Língua Portuguesa, de Celso Cunha (1972, p. 296), condenava o uso de "mim" como forma oblíqua ao sujeito do verbo infinitivo. Assim prescrevia o gramático: "Cumpre evitar-se uma incorreção muito generalizada, que consiste em dar forma oblíqua ao sujeito do verbo infinitivo. Diga-se: Aquela não é tarefa para eu realizar. e não: Aquela não é tarefa para mim realizar." Nesta ocasião, Celso Cunha condenava de viciosa tal construção, e dizia que não devíamos confundi-la com outra, segundo ele, "em tudo legítima": Aquela não é tarefa para mim. Já, na Nova Gramática do Português Contemporâneo, de 1985, escrita em parceria com o filólogo e linguista português Lindley Cintra, Celso Cunha (que também era filólogo e linguista), ao tratar do mesmo assunto, o faz com uma verdadeira mudança de postura. Diríamos mais inovadora (embora Celso Cunha ainda reconheça que seja uma forma condenada por gramáticos e professores). Vejamos seu comentário a respeito do mesmo uso, outrora enfaticamente condenado: "Do cruzamento das duas construções perfeitamente corretas: Isto não é trabalho para eu fazer e Isto não é trabalho para mim, surgiu uma terceira: Isto não é trabalho para mim fazer, em que o sujeito do verbo no infinitivo assume a forma oblíqua. A construção parece ser desconhecida em Portugal, mas no Brasil ela está muito generalizada na língua familiar, apesar do sistemático combate que lhe movem os gramáticos e professores do idioma". (p. 290) Como se vê, o gramático ressalta que esta última forma está generalizada na língua familiar, isto é, aquela mais solta, descomprometida, usada normalmente em situações coloquiais. Diante disso, fiquemos mais atentos quanto ao uso formal, culto e, sobretudo, na modalidade escrita, lugares e situações em que nos é cobrado tal conhecimento.

Para entender, identifique os símbolos

"Ler significa aproximar-se de algo que acaba de ganhar existência." Italo Calvino Um mapa aberto. A mão estendida para a cartomante. Os búzios na terra. Pegadas na areia. Um pescador olha para o céu e sabe se vai chover. Um biólogo segue os rastros de uma onça pela floresta. Muros escritos da cidade. A linguagem das mãos dos surdos-mudos. O rosto do outro. Os sonhos estranhos. As placas na estrada. Livros abertos: uma menina deitada no chão vê imagens coloridas. Um homem lê um romance. Uma mulher está atenta às notícias do dia, num jornal. Leituras. Vivemos num mundo imerso em sinais que fatalmente vemos e precisamos olhar, ler, decifrar. Talvez tão naturalmente quanto respiramos, desenvolvemos a capacidade de ler continuamente as coisas que nos cercam. Lemos para nos entender, para entender os outros e o universo de que fazemos parte. Desde bebês, já estamos atentos às linguagens que nos circundam: os cheiros, os barulhos, as vozes da mãe, do pai, os toques: carícias ou palmadas. Oralidade e escrita À medida que crescemos, lançamo-nos às aventuras dos sons articulados, do falar, da língua. Logo passamos a desenhar, a começar a delinear formas na página branca do papel. Começamos a reconhecer letras, sílabas, textos: a escrita abre novas possibilidades para a linguagem que, oralmente, já conquistamos. Depois de aprender a decifrar os textos, estaremos lendo o tempo todo - para sempre. Qualquer palavra que surja à nossa frente é imediatamente decodificada. Descobrir e decifrar O ato de ler implica descobrir e conhecer o mundo. Com ele, desenvolvemos o tempo todo um processo de atribuir sentido às coisas. Pense nos inúmeros textos que você encontra em seu dia a dia, enquanto está caminhando em uma avenida, por exemplo: pichações nos muros, outdoors, nomes de ruas nas placas das esquinas, anúncios de lojas, letreiros de edifícios, números das casas, sem falar na banca de jornal, repleta de imagens e manchetes. Na verdade, quase sem perceber, você caminhado por um universo de signos, ou de símbolos, ou ainda de sinais. O sentido das coisas nos vem principalmente por meio do olhar, da leitura: da compreensão e da interpretação desses múltiplos signos que enxergamos, desde os mais corriqueiros, como os nomes de ruas, até os mais complexos, como uma poesia com metáforas e imagens - cujo sentido muitas vezes demoramos para decifrar. No poema que segue, de Paulo Leminski, percebe-se o quanto é essencial para o ser humano a atribuição de significados, tanto para os mistérios do nosso mundo interior, quanto para as coisas e fenômenos do mundo exterior a nós: Buscando o sentido O sentido, acho, é a entidade mais misteriosa do universo. Relação, não coisa, entre a consciência, a vivência e as coisas e os eventos. O sentido dos gestos. O sentido dos produtos. O sentido do ato de existir. Me recuso a viver num mundo sem sentido. Estes anseios/ensaios são incursões conceptuais em busca do sentido. Pois isso é próprio da natureza do sentido: ele não existe nas coisas, tem que ser buscado, numa busca que é sua própria fundação. Só buscar o sentido faz, realmente, sentido. Tirando isso, não tem sentido. Interpretar um texto, então, é tarefa com a qual você já está habituado: da mesma maneira que você identifica na cozinha um estrondo de metais como o sinal de que sua mãe deixou cair as panelas no chão, identifique os símbolos do texto e tente relacioná-los com fatos "do mundo" real. O que o autor quis dizer com tal palavra? Aquele sentimento, você já o experimentou? Entendendo esses símbolos, sua leitura será mais rica e prazerosa. * Extraído de fragmentos de autoria de Carla Caruso, escritora, pesquisadora e responsávcel por projetos de capacitação de professores no Estado de São Paulo.

Dissertação

A dissertação é o gênero de texto exigido dos vestibulandos na maior parte dos vestibulares do país. Ou seja, se você quer garantir sua vaga em uma universidade, não pode deixar de saber fazer uma dissertação. A professora Marleine de Toledo, formada em direito e letras pela USP, dá dicas sobre o assunto: Como fazer uma boa dissertação? A dissertação exige amadurecimento no assunto tratado, conhecimento da matéria, pendor para a reflexão, raciocínio lógico, potencial argumentativo, capacidade de análise e de síntese, além do domínio de expressão verbal adequada e de estruturas linguísticas específicas. Como começar uma dissertação? Normalmente, o aluno de redação manifesta sua angústia: "Não sei como iniciar". Não sabe como iniciar, porque não sabe como desenvolver e como concluir, simplesmente porque não organizou um plano. Nas palavras de Edivaldo M. Boaventura, "o plano é o itinerário a seguir: 'um ponto de partida', onde se indica o que se quer dizer, e 'um ponto de chegada', onde se conclui. Entre os dois, há as etapas, isto é, as 'partes' da composição. Construir o plano é, em última análise, estabelecer as divisões". Como estruturar uma dissertação? No livro "Como Ordenar as Ideias", Boaventura resume muito bem aquilo que o bom-senso diz a respeito de todo o texto escrito: "A arte de bem exprimir o pensamento consiste em saber ordenar as ideias. E como se ordenam as ideias? Fazendo a previsão do que se vai expor". É preciso pensar nas partes do seu texto. Como você resumiria essas "partes" da argumentação? A argumentação deve iniciar-se com a apresentação clara e definida do tema ou do juízo que se tem em mente e irá ser comprovado. A "segunda parte" da argumentação destina-se a oferecer as provas ou argumentos que confirmem a tese. É comum colocarem-se os argumentos em ordem crescente de importância. A "terceira fase" consiste em exibir contra-provas ou contra-argumentos e refutá-los, isto é negá-los. Na "última parte", ou síntese recapitulam-se os argumentos apresentados e conclui-se, com a reafirmação da tese. Pode-se dizer que a argumentação é uma demonstração? Se um limite da argumentação é a dissertação expositiva, o outro é a demonstração. Para Tércio Sampaio Ferraz Júnior, jurista e filósofo do direito, a demonstração fundamenta-se na ideia de evidência, que é a força perante a qual todo pensamento do homem normal tem de ceder. Assim, no raciocínio demonstrativo, toda prova consiste em uma redução à evidência. Já a argumentação abrange as "técnicas discursivas que permitem provocar ou aumentar a adesão dos espíritos às teses" que lhes são apresentadas. Portanto, como dizem Chaïm Perelman e Lucie Olbrechts-Tyteca em seu "Tratado da Argumentação - A Nova Retórica", não se deve confundir "os aspectos do raciocínio relativos à verdade e os que são relativos à adesão". O que é dissertação argumentativa? Na verdade, há dois tipos de dissertação. Podemos falar em dissertação expositiva, em que se expressam ideias sobre determinado assunto, sem a preocupação de convencer o leitor ou ouvinte. Já a dissertação argumentativa implica a defesa de uma tese, com a finalidade de convencer ou tentar convencer alguém, demonstrando, por meio da evidência de provas consistentes, a superioridade de uma proposta sobre outras ou a relevância dela tão-somente. Mais especificamente, o que é argumentação? Uma argumentação é uma declaração seguida de provas. Pierre Oléron define o ato de argumentar como: "método pelo qual uma pessoa - ou um grupo - intenta levar um auditório a adotar uma posição através do recurso a apresentações ou a asserções - argumentos - que visam mostrar a validade ou fundamento daquela". Qual a diferença entre argumentação e dissertação? Nenhuma. A argumentação é uma dissertação com uma especificidade, a da persuasão. Dissertando apenas, podemos expor com neutralidade ideias com as quais não concordamos. Por exemplo, um professor de filosofia que não concorde com as ideias de Karl Marx pode expô-las com isenção, dissertando sobre elas. Mas se for um marxista convicto e quiser influenciar seus discípulos, tentará provar-lhes, com raciocínios coerentes e argumentos convincentes, que essas ideias são verdadeiras e melhores: estará, então, argumentando. O que é preciso para argumentar? Para argumentar é preciso, em primeiro lugar, saber pensar, encontrar ideias e concatená-las. Assim, embora se trate de categorias diferentes, com objetos próprios, a argumentação precisa ter como ponto de partida elementos da lógica formal. A tese defendida não se impõe pela força, mas pelo uso de "elementos racionais" - portanto toda argumentação "tem vínculos com o raciocínio e a lógica", como disse Oléron na obra já citada.

Por que, porque, por quê ou porquê?

Por que (separado, sem acento) Utiliza-se nas interrogativas, sejam diretas ou indiretas. É um advérbio interrogativo. Exemplos: Por que ele foi embora? (interrogativa direta) Queremos saber por que ele foi embora. (interrogativa indireta) Dica: Coloque a palavra "motivo" ou "razão" depois de "por que". Se der certo, escreva separado, sem acento. Queremos saber por que motivo ele foi embora. Por que pode também equivaler a pelo qual, pela qual pelos quais, pelas quais, sendo o que, nesse caso, um pronome relativo. Exemplo: Aquele é o quadro por que ela se apaixonou. Dica: Substitua por que por "pelo qual, pelos quais, pela qual ou pelas quais": Aquele é o quadro pelo qual ela se apaixonou. Porque (junto, sem acento) Estabelece uma causa. É uma conjunção subordinativa causal, ou coordenativa explicativa. Exemplos: Ele foi embora porque cansou daqui. Não vá porque você é útil aqui. Dica: Substitua porque por "pois". Ele foi embora pois se cansou daqui. Também utiliza-se porque com o sentido de "para que", introduzindo uma finalidade: Ele mentiu porque o deixassem sossegado. Por quê (separado, com acento) Em final de frase ou quando a expressão estiver isolada, usa-se por quê. Exemplos: Ele foi embora por quê? Você é a favor ou contra? Por quê? Porquê (junto, com acento) Equivalendo a causa, motivo, razão, porquê é um substantivo. Neste caso ele é precedido pelo artigo o. Exemplo: Não quero saber o porquê de sua recusa. Dica: Substitua "porquê" por "motivo". Não quero saber o motivo de sua recusa.

Dúvidas mais comuns

Há ou a? 1) Usa-se "a" quando a palavra referir-se a: a. tempo futuro do verbo. Exemplo: Daqui a dois anos, vamos mudar de cidade. b. distância. Exemplo: O bar fica a duas quadras da casa dele. 2) Usa-se "há" quando a. se tratar do verbo haver. Exemplo: Há uma boa quadra no prédio. b. for referência a tempo passado. Exemplo: Há muitos anos que não nos víamos. Mal ou mau? "Mal" é oposto de "bem". Exemplo: Ele é mal pago. "Mau" é oposto de "bom". Exemplo: Ele é mau profissional. Mais ou mas? 1) "Mais" é o contrário de menos, pois indica quantidade. Exemplo: Grite menos e argumente mais. 2) "Mas" equivale a "porém", "contudo", "todavia", pois é uma conjunção adversativa (indica oposição). Exemplo: Ele chegou cedo, mas demorou para começar a trabalhar. Meio ou meia? 1) Use "meio" quando for equivalente a "um pouco" ou "mais ou menos". Trata-se de um advérbio, por isso é invariável (não muda no plural nem no feminino). Exemplos: O vitrô ficou meio aberto. A janela ficou meio aberta. As janelas ficaram meio abertas. 2) Use "meio" quando for equivalente a "metade". É adjetivo, por isto é variável (muda no feminino e no plural). Exemplos: Andaram meio quilômetro dentro do mato. Andaram meia légua antes de encontrarem água. Agora é meio-dia e meia (hora). Em vez de ou invés de? 1) "Em vez de" significa "em lugar de". Exemplo: Em vez de falar, ande logo. 2) "Ao invés" de significa "ao contrário de". Exemplo: Ao invés de argumentar, começou logo a bater em todo mundo. A par ou ao par? 1) A par significa "informado", "ciente". Exemplo: Eu realmente estava a par da negociação salarial. 2) Ao par diz respeito a "câmbio", indicando "moeda ou título de valor idêntico". Exemplo: O marco alemão está ao par do dólar. A fim de ou afim? 1) A fim de indica "finalidade" e corresponde a "para". Exemplo: Chegamos cedo a fim de resolvermos tudo antes de viajar. 2) Afim corresponde a "semelhante". Exemplo: A dança e a música são artes afins. Parônimos Há no léxico da língua portuguesa algumas palavras que, embora tenham sentidos diferentes, são confundidas porque apresentam semelhança, seja na escrita, seja na pronúncia. Dizemos que essas palavras são parônimas. Exemplo: "acender" (pôr fogo) ou "ascender" (subir). Quando há diferença na escrita e semelhança na pronúncia, as palavras são homônimas. Exemplo: "empoçar" (formar poça) ou "empossar" (dar posse a). A seguir temos uma lista de palavras parônimas ou homônimas. Emergir = vir à tona/imergir = mergulhar Espiar = espreitar/expiar = sofrer castigo ou pena Consertar = reparar/concertar = harmonizar Coser =costurar/cozer = cozinhar Censo = recenseamento/senso = juízo claro Acessório = o que não é essencial/assessório = relativo a assessor Descriminar = inocentar/discriminar = distinguir Delatar = denunciar/dilatar = estender Espirar = soprar/expirar = expelir o ar dos pulmões, morrer Estrato = camada sedimentar/extrato = fragmento Intenção = propósito/intensão = intensidade Mandado = ordem judicial/mandato = período de gestão política Infligir = aplicar pena/infringir = violar Tachar = censurar/taxar = estabelecer preço Soar = produzir som/sua r= transpirar Cessão = doação/Seção = divisão/Sessão = reunião Descrição = representação/discrição = ato de ser discreto, reservado Emigrante = o que sai do próprio país/Imigrante = o que entra em país estranho Decente = limpo/descente = que desce Há palavras que têm o mesmo significado, mas admitem grafias diferentes. Essas formas são chamadas de "variantes". Vamos a alguns exemplos: "cociente/quociente", "cotidiano/quotidiano", "catorze/quatorze". Essas formas podem ser usadas indiferentemente.

Crase

A palavra crase é de origem grega e significa fusão, mistura. Em gramática, basicamente a crase se refere à fusão da preposição a com o artigo feminino a: Vou à escola. O verbo ir rege a preposição a, que se funde com o artigo exigido pelo substantivo feminino escola: Vou à (a+a) escola. A ocorrência de crase é marcada com o acento grave (`). A troca de escola por um substantivo masculino equivalente comprova a existência de preposição e artigo: Vou ao (a+o) colégio. No caso de ir a algum lugar e voltar de algum lugar, usa-se crase quando: "Vou à Bolívia. Volto da Bolívia". Não se usa crase quando: "Vou a São Paulo. Volto de São Paulo". Ou seja, se você vai a e volta da, crase há. Se você vai a e volta de, crase para quê? É erro colocar acento grave antes de palavras que não admitam o artigo feminino a, como verbos, a maior parte dos pronomes e as palavras masculinas.

Concordância nominal

A concordância nominal é assim chamada porque estabelece uma relação morfológica entre elementos tradicionalmente chamados "nomes". Podem-se distinguir dois tipos de concordância nominal: a concordância entre termos do Sintagma Nominal (um sintagma nominal é um grupo de signos linguísticos que tem como base ou núcleo um substantivo ou termo equivalente) e a concordância de um termo oracional com o sujeito ou o objeto direto. Nesses dois casos, o fenômeno tem a ver com os traços de gênero e de número de certos constituintes, que precisariam harmonizar-se com os traços correspondentes de um constituinte considerado central. I - CONCORDÂNCIA DO ADJETIVO COM O SUBSTANTIVO Regra geral: o adjetivo concorda em gênero e número com o substantivo. 1. Adjetivo posposto a dois ou mais substantivos: a) o adjetivo concorda em gênero e número com o substantivo mais próximo se apenas a ele se refere: Lá estava o cavalo e a casa DESTELHADA. b) irá para o plural se sua referência se estender a todos; se todos os substantivos são do mesmo gênero, este será conservado: Aquele foi um beijo e um abraço DEMORADOS. Ela tem roupa e casa LIMPAS. / Pelé e Amarildo saíram CABISBAIXOS. Observação: se os gêneros são diferentes, receberá o adjetivo flexão masculina: Mulher e marido BRIGUENTOS devem ter paciência. c) o adjetivo concorda em gênero e número com o mais próximo: - quando os substantivos são sinônimos entre si: O furor e a raiva HUMANA podem matar. - quando os substantivos se alinham em gradação: A inteligência, o esforço, a dedicação EXTRAORDINÁRIA venceu tudo. 2. Adjetivo anteposto a dois ou mais substantivos: a) quase sempre concorda com o substantivo mais próximo em gênero e número: Escolheste MAU lugar e hora para falar no assunto. / AROMÁTICAS rosas e cravos adornam o jardim. b) se o adjetivo estiver anteposto a nomes próprios de pessoas ou a títulos, deverá ir para o plural: Muito nos ensinaram os GRANDES Machado de Assis e José de Alencar. / Os AFORTUNADOS embaixador dos Estados Unidos e primeira-ministra de Israel escaparam do atentado. II - CASOS ESPECIAIS 1. ANEXO - INCLUSO - LESO - MESMO - PRÓPRIO - QUITE - OBRIGADO - Concordam com o substantivo a que se referem: ANEXO é adjetivo e, em consequência, concorda com o substantivo a que se relaciona em gênero e número. Exemplos: "... foi professor de Gramática, Geografia e História na escola ANEXA à militar." (Fausto Barreto) "Vão ANEXAS as palavras que lhe ouvi." (apud Cândido Jucá Filho) ANEXA à presente, enviamos a relação das mercadorias. No processo de compra, não estavam ANEXOS os orçamentos. Observação: Em anexo é expressão adverbial, invariável, e de largo uso, embora combatida por alguns autores. INCLUSO: vale a mesma observação a respeito de anexo. Exemplos: Remeto a V.S.as., INCLUSA nesta pasta, uma fotocópia do recibo. Remeto a V.S.as. o recibo INCLUSO nesta pasta. LESO é adjetivo e, como tal, flexiona-se. Exemplos: Cometeu crime de LESO-patriotismo. Ajudar esses espiões seria crime de LESA-pátria. MESMO: a) como adjetivo é variável e equivale a idêntico, igual, análogo. Exemplos: "Os fantasmas não fumam, porque poderiam fumar a si MESMOS." (Mário Quintana) Os alunos MESMOS organizaram o trabalho. "A viagem do sono nem sempre é a MESMA viagem." (Paulo Mendes Campos) "Percorrera aquela MESMA senda, aspirava aquele MESMO vapor que baixava denso do céu verde." (L.F. Telles) b) Como advérbio é invariável e corresponde a justamente, exatamente, ou ainda, até. Exemplos: "Você esperneia, revolta-se - adianta? MESMO sua revolta foi protocolada." (C.D.A.) "Livro raro, MESMO, é aquele que foi emprestado e foi devolvido." (Plínio Doyle) Observação: Não se deve dizer: conosco mesmos ou convosco mesmos; o correto é: com nós mesmos e com vós mesmos. Para os casos abaixo, vale a mesma observação a respeito de MESMO enquanto adjetivo. Exemplos: Eu PRÓPRIA conferi a carga, disse a secretária. / OBRIGADO, respondeu o chefe. / A esposa do chefe também não cansava de dizer OBRIGADA. / Estou QUITE com minhas dívidas. / Estamos QUITES com o serviço militar. (Obs.: forma do particípio passado do verbo quitar, flexiona-se em número) 2. é PRECISO, é NECESSÁRIO, é BOM, é PROIBIDO e expressões equivalentes a) referindo-se a nomes sem elementos determinantes, essas expressões ficam invariáveis: É PRECISO força para trabalhar e estudar. / É NECESSÁRIO segurança para se viver bem. / É BOM plantação de erva-cidreira para afugentar formigas. / Água é BOM. / É PROIBIDO entrada de pessoas estranhas ao serviço. b) com nomes acompanhados de elemento determinante, essas expressões concordam com ele em gênero e número: SERIAM PRECISOS vários bombeiros para deter o incêndio. É NECESSÁRIA a tua compreensão. / É BOA a plantação de erva-cidreira para afugentar formigas. / A água é BOA para a saúde. / É PROIBIDA a entrada de animais. / "Não viu o letreiro: 'É expressamente PROIBIDA a entrada'?" (C. D. A.) 3. Só - SÓS a) Só (adjetivo) corresponde a sozinho, único, solitário e apresenta flexão de número, concordando com a palavra a que se refere. Exemplos: Eles estão SÓS. / "Outros estão SÓS, como tu, mas presos a uma inibição ou a uma disciplina." (C.D.A) / "...sabia cozinhar, arrumar a casa e servir com eficiência a senhor SÓ." (Fernando Sabino) b) Só (advérbio) corresponde a somente, unicamente, apenas e não se flexiona: é invariável. Exemplos: Ele SÓ falou bobagens. / "SÓ não sai de moda quem está nu." (Mário Quintana) / "Vende-se uma cama da casal usada uma noite SÓ." (Leon Eliachar). Observação: Existem as locuções a só e a sós, esta mais frequente, equivalente a sem companhia: é invariável. Exemplos: Eles ficaram a sós/ O casal ficará a sós. / " - Amigo João Brandão - disse pausadamente o homem quando ficaram a sós..." (C.D.A) 4. BASTANTE(s) pode ser: a) bastante = advérbio de intensidade: é invariável. Ele ficou BASTANTE preocupado / Os pós-graduandos estudam BASTANTE. b) bastante = pronome indefinido (= muitos) - flexiona-se Naquela classe há BASTANTES rapazes. 5. MEIO a) meio = advérbio de intensidade: é invariável. Ando MEIO distraída ultimamente. / "Sentava calado, com a cara MEIO triste, um ar sério." (Rubem Braga) / Existem maridos que são MEIO surdos: sempre que suas mulheres lhes pedem 50 eles só ouvem 25." (Leon Eliachar) b) meio = numeral (= metade): flexiona-se. É MEIO dia e MEIA. (meia hora) Ele comeu MEIO bolo sozinho. 6. MENOS - ALERTA - PSEUDO - A OLHOS VISTOS São sempre invariáveis. Na classe, há MENOS moças que rapazes. / Mais amor e MENOS confiança./ "Devora-se a infeliz mísera gente: E sempre reduzida a MENOS terra." (Santa Rita Durão) / "A cidade, aliás, está parecendo mais civilizada: com MENOS gente, MENOS carros, dir-se-ia mais habitável..." (Cláudio Abramo) Lúcia emagreceu A OLHOS VISTOS. ALERTA, segundo Antenor Nascentes, trata-se de uma interjeição militar; era um grito que se proferia à aproximação do inimigo. José Pedro Machado confirma a informação. Logo, por ter valor interjectivo, permanece invariável. Outros o consideram advérbio (em estado de prontidão) e, assim, também, permanece invariável. Exemplos: "Antes ouvido a revolta da cidade, estiverão mais ALERTA." (apud José Pedro Machado - texto arcaico) / "Duas sentinelas sempre ALERTA." (Alencar apud Cândido Jucá Filho) / Na porta dos bancos, os seguranças ficam ALERTA. Trata-se de PSEUDO-especialistas.

Caixa Econômica Federal abre concurso para nível médio e superior

A Caixa Econômica Federal abriu concursos para cadastro de reserva para os cargos de técnico bancário novo, advogado, arquiteto e engenheiro agrônomo, civil, elétrico e mecânico. Os concursos são para todo o país. Os editais foram publicados entre as páginas 120 e 132 da Seção 3 do "Diário Oficial da União". O candidato deverá optar por um polo, que estará automaticamente vinculado ao macropolo correspondente, para fins de classificação e convocação, e à cidade de realização das provas, conforme Anexo II. O provimento das vagas estará sujeito ao planejamento estratégico e às necessidades da Caixa. O salário para técnico bancário novo é de R$ 1.744 para jornada de trabalho de 6 horas diárias, caracterizando 30 horas semanais. O candidato deve ter nível médio. O técnico bancário fará atendimento aos clientes e ao público em geral, efetuando operações diversas, executando atividades bancárias e administrativas, de forma a contribuir para a realização de negócios, possibilitando o alcance das metas, o bom desempenho da unidade e a satisfação dos clientes internos e externos. As vantagens oferecidas são participação nos lucros e nos resultados; possibilidade de participação em plano de saúde e em plano de previdência complementar; auxílio refeição/alimentação; auxílio cesta/alimentação. As inscrições devem ser feitas de 27 de fevereiro a 13 de março pelo site www.cesgranrio.org.br. A taxa é de R$ 37. O concurso público terá três etapas: provas objetivas, prova de redação e exames médicos admissionais.

STJ reafirma legalidade de concursos públicos com vagas regionalizadas

A Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou recurso em mandado de segurança de candidato aprovado além do número de vagas para o cargo de analista judiciário, em São José dos Campos (SP). O colegiado, em decisão unânime, entendeu que não existe ilegalidade no edital do concurso por ter como critério a distribuição de vagas por região. No certame realizado para o cargo de analista judiciário do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3), as vagas foram disponibilizadas por unidades administrativas no estado de São Paulo. Como consta no edital, o candidato poderia concorrer às vagas disponíveis para a localidade pretendida, fazendo a opção no momento da inscrição, assim como também se inscrever para a lista geral formada pelos candidatos habilitados que não fossem aprovados na lista regional. Por vislumbrar a possibilidade de nomeação de outra pessoa aprovada em colocação inferior à sua na lista geral, o candidato impetrou mandado de segurança no TRF3, alegando que a regionalização acarreta “grave violação do princípio da isonomia”, uma vez que os candidatos empossados, após três anos, podem solicitar remoção, impossibilitando a nomeação de outros aprovados para a mesma localidade. O candidato sustentou que o sistema adotado no concurso é “totalmente incompatível com os princípios institucionais”. O TRF3 negou a segurança, por entender que “a regionalização, com divisão em unidades administrativas, não ofende princípios constitucionais nem viola direitos do candidato que fez sua opção pelo lugar que melhor se ajustasse aos seus interesses”. A ministra Laurita Vaz, relatora do recurso apresentado pelo candidato, manteve a decisão, pois os inscritos tinham conhecimento do conteúdo do certame e poderiam se candidatar para qualquer localidade. Assim, não foi comprovada ilegalidade, uma vez que as provas aplicadas também foram idênticas para todos. A relatora ressaltou ainda que o STJ tem entendimento firmado no sentido de que não existe ilegalidade na norma editalícia que elimina o candidato do concurso, caso não seja aprovado dentro do número de vagas para a localidade escolhida no ato da inscrição. No caso do concurso do TRF3, os candidatos tinham ainda a possibilidade adicional de disputar vagas pela lista geral. Fonte: STJ

STF decide pela constitucionalidade da Lei da Ficha Limpa

Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) concluíram nesta quinta-feira (16) a análise conjunta das Ações Declaratórias de Constitucionalidade (ADCs 29 e 30) e da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI 4578) que tratam da Lei Complementar 135/2010, a Lei da Ficha Limpa. Por maioria de votos, prevaleceu o entendimento em favor da constitucionalidade da lei, que poderá ser aplicada nas eleições deste ano, alcançando atos e fatos ocorridos antes de sua vigência. A Lei Complementar 135/10, que deu nova redação à Lei Complementar 64/90, instituiu outras hipóteses de inelegibilidade voltadas à proteção da probidade e moralidade administrativas no exercício do mandato, nos termos do parágrafo 9º do artigo 14 da Constituição Federal. Em seu voto, o ministro relator, Luiz Fux, declarou a parcial constitucionalidade da norma, fazendo uma ressalva na qual apontou a desproporcionalidade na fixação do prazo de oito anos de inelegibilidade após o cumprimento da pena (prevista na alínea “e” da lei). Para ele, esse tempo deveria ser descontado do prazo entre a condenação e o trânsito em julgado da sentença (mecanismo da detração). A princípio, foi seguido pela ministra Cármen Lúcia Antunes Rocha, mas, posteriormente, ela reformulou sua posição. A lei prevê que serão considerados inelegíveis os candidatos que forem condenados, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, em razão da prática de crimes contra a economia popular, a fé pública, a administração pública e o patrimônio público; contra o patrimônio privado, o sistema financeiro, o mercado de capitais e os previstos na lei que regula a falência; e contra o meio ambiente e a saúde pública. Serão declarados inelegíveis ainda os candidatos que tenham cometido crimes eleitorais para os quais a lei comine pena privativa de liberdade; de abuso de autoridade, nos casos em que houver condenação à perda do cargo ou à inabilitação para o exercício de função pública; de lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores; de tráfico de entorpecentes e drogas afins, racismo, tortura, terrorismo e hediondos; de redução à condição análoga à de escravo; contra a vida e a dignidade sexual; e praticados por organização criminosa, quadrilha ou bando. As ADCs, julgadas procedentes, foram ajuizadas pelo Partido Popular Socialista (PPS) e pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Já a ADI 4578 – ajuizada pela Confederação Nacional das Profissões Liberais (CNPL), que questionava especificamente o dispositivo que torna inelegível por oito anos quem for excluído do exercício da profissão, por decisão do órgão profissional competente, em decorrência de infração ético-profissional –, foi julgada improcedente, por maioria de votos. Divergência A divergência foi aberta pelo ministro Dias Toffoli que, baseando seu voto no princípio da presunção de inocência, salientou que só pode ser considerado inelegível o cidadão que tiver condenação transitada em julgado (quando não cabe mais recurso). A Lei da Ficha Limpa permite que a inelegibilidade seja declarada após decisão de um órgão colegiado. O ministro invocou o artigo 15, inciso III, da Constituição Federal, que somente admite a suspensão de direitos políticos por sentença condenatória transitada em julgado. Com relação à retroatividade da lei, o ministro Dias Toffoli votou pela sua aplicação a fatos ocorridos anteriores à sua edição. O ministro Gilmar Mendes acompanhou a divergência aberta pelo ministro Dias Toffoli, mas em maior extensão. Para ele, a lei não pode retroagir para alcançar candidatos que já perderam seus cargos eletivos (de governador, vice-governador, prefeito e vice-prefeito) por infringência a dispositivo da Constituição estadual, da Lei Orgânica do Distrito Federal ou da Lei Orgânica dos municípios. Segundo o ministro Gilmar Mendes, a lei não pode retroagir para alcançar atos e fatos passados, sob pena de violação ao princípio constitucional da segurança jurídica (art. 5º, inciso XXXVI). O decano do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Celso de Mello, votou pela inconstitucionalidade da regra da Lei Complementar 135/10, a Lei da Ficha Limpa, que prevê a suspensão de direitos políticos sem decisão condenatória transitada em julgado. “Não admito possibilidade que decisão ainda recorrível possa gerar hipótese de inelegibilidade”, disse. Ele também entendeu, como o ministro Marco Aurélio, que a norma não pode retroagir para alcançar fatos pretéritos, ou seja, fatos ocorridos antes da entrada em vigor da norma, em junho de 2010. Para o decano, isso ofende o inciso XXXVI do artigo 5º da Constituição Federal, que determina o seguinte: “a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada”. Segundo o ministro Celso de Mello, esse dispositivo é parte do “núcleo duro” da Constituição e tem como objetivo impedir formulações casuísticas de lei. O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Cezar Peluso, votou no sentido de que a Lei Complementar 135/2010, ao dispor sobre inelegibilidade, não pode alcançar fatos ocorridos antes de sua vigência. Isso porque, para o presidente a inelegibilidade seria, sim, uma restrição de direitos. O ministro Peluso disse concordar com o argumento de que o momento de aferir a elegibilidade de um candidato é o momento do pedido de registro de candidatura. Ele frisou que o juiz eleitoral tem que estabelecer qual norma vai aplicar para fazer essa avaliação. Para o ministro, deve ser uma lei vigente ao tempo do fato ocorrido, e não uma lei editada posteriormente. Twitter Nas sessões desta quarta e quinta-feira, o tema Ficha Limpa esteve entre os dez assuntos mais comentados no país (top trends brazil) no microblog Twitter. No perfil do STF (twitter.com/stf_oficial), que já conta com mais de 198 mil seguidores, os interessados puderam acompanhar informações em tempo real do julgamento e dos votos dos ministros, cujos nomes se revezavam nos top trends Brazil à medida em que se manifestavam sobre a matéria. Fonte: STF

Licença Paternidade – Pai viúvo consegue obter licença de seis meses

Um pai viúvo conseguiu, na Justiça de Brasília, o direito a licença-maternidade de seis meses. O pai trabalha na Polícia Federal, e pediu licença para cuidar do bebê porque a mãe morreu depois do parto. O pedido foi negado, e o policial então recorreu à Justiça. José Joaquim dos Santos conseguiu o direito de ficar em casa por seis meses. Durante esse período da licença, vai receber salário integral. Na liminar da 6º Vara Federal, a juíza considerou que, embora não exista previsão legal de licença-paternidade nos moldes da licença-maternidade, o direito não deveria ser negado ao pai, mas ainda cabe recurso da decisão. Para o advogado que cuida do caso, a justiça foi sensível à situação. “É possível com sensibilidade apreciar o caso concreto e conceder o direito à família, ao recém-nascido no caso, ao pai tem”, afirma o advogado Joaquim Pedro de Medeiros Rodrigues.

Aprovada em concurso consegue ser nomeada sem apresentação do diploma

O presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Ari Pargendler, negou pedido de suspensão de segurança apresentado contra decisão de desembargador do Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA) que concedeu medida liminar a candidata aprovada em concurso público para o cargo de professora. Ela deixou de ser nomeada para o cargo porque não apresentou o diploma de curso superior. A candidata impetrou mandado de segurança contra ato do secretário da Educação da Bahia, alegando que, mesmo tendo entregue atestado de conclusão do curso superior e termo de responsabilidade expedido pela Diretoria Regional da Educação, não foi nomeada para o cargo de professora em razão da falta do diploma. O relator do mandado de segurança no tribunal baiano aceitou o pedido, por considerar que, com aqueles documentos, a candidata comprovou fazer jus ao cargo. Ele concedeu a liminar para determinar ao secretário da Educação que providenciasse a nomeação e posse da candidata. Caos nos concursos Inconformado com a decisão do relator, o estado da Bahia recorreu ao STJ para suspender a liminar, alegando que tal medida acarretaria grave lesão à ordem e à economia pública, bem como o risco de efeito multiplicador, uma vez que outros candidatos na mesma situação – aprovados, mas sem o diploma de curso superior – poderiam se basear na decisão e reivindicar o mesmo direito. Segundo os procuradores do estado, a manutenção da liminar “tornaria um caos a organização de concursos públicos para cargos de nível superior”. A apresentação do diploma, insistiram, é uma exigência do edital. O ministro Pargendler negou o pedido do estado da Bahia por considerar que atrasos de ordem burocrática não podem inviabilizar um direito. Ele afirmou que o pedido de suspensão de segurança exige uma avaliação política sobre eventuais danos que a decisão combatida poderá acarretar, e que isso implica um “juízo mínimo” acerca dessa decisão. Segundo o presidente do STJ, esses danos só são potenciais quando se identifica a probabilidade de reforma do ato judicial, “e disso aqui aparentemente não se trata”. Além disso, acrescentou, “lesão grave ao interesse público não há”. Fonte: STJ

Governo garante concursos para PF, PRF e Receita

Miriam Belchior, ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), afirmou nesta quarta em entrevista coletiva que, a despeito do anúncio do corte de R$ 55 bilhões no Orçamento de 2012, os concursos estão garantidos. “Temos uma previsão no Orçamento para concursos para dar conta das principais prioridades da presidenta Dilma.Temos a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal, exatamente por causa do plano de fronteiras”, destacou Miriam. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, presente ao evento, complementou a ministra citando a Receita Federal como um dos órgãos que deverão publicar edital este ano.

Caixa Econômica Federal abre concurso para cargos de nível médio e superior

A Caixa Econômica Federal abriu concurso para formação de cadastro de reserva para os cargos de técnico bancário novo, advogado, arquiteto e engenheiro agrônomo, civil, elétrico e mecânico. Inscrições As inscrições deverão ser feitas entre os dias 27 de fevereiro e 13 de março pelo site da Cesgranrio. O valor da taxa de inscrição é de R$ 37. Provas As provas objetivas e de redação serão aplicadas no dia 22 de abril. Remuneração O salário para o cargo de técnico bancário novo, que exige nível médio, é de R$ 1.744,00 para uma jornada de trabalho de 30 horas semanais. Já para os cargos de nível superior o salário é de R$ 7.734,00 para 40 horas semanais. Para todos os cargos há as vantagens de participação nos lucros e nos resultados, possibilidade de participação em plano de saúde e em plano de previdência complementar, auxílio refeição/alimentação e auxílio cesta/alimentação. O concurso é válido para todo o território nacional. Mais informações podem ser obtidas no site da Cesgranrio.

Aulas na semana pós-carnaval

Na semana posterior ao carnaval teremos aulas a partir de quarta-feira, a noite, com início às 19h30!!! Na quarta a aula será em minha residência!!! Socializem com os demais colegas!!!

Aula no próximo sábado

Estarei esperando pelos senhores e senhoras no sábado (18/02) em minha residência!!! Se não for possível o comparecimento pela manhã, espero que possamos nos encontrar a tarde, a partir das 14h!!! Qualquer dúvida me contatem pelo telefone 9122 4567!

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Climas do Brasil

O Brasil possui uma grande variedade de climas, devido ao seu território extenso (8,5 milhões de km2), à diversidade de formas de relevo, à altitude e dinâmica das correntes e massas de ar. Cerca de 90% do território brasileiro localiza-se entre os trópicos de Câncer e Capricórnio, motivo pelo qual usamos o termo "país tropical". Atravessado na região norte pela Linha do Equador e ao sul pelo Trópico de Capricórnio, a maior parte do Brasil situa-se em zonas de latitudes baixas, nas quais prevalecem os climas quentes e úmidos, com temperaturas médias em torno de 20ºC. A classificação de um clima depende de diversos fatores, como a temperatura, a umidade, as massas de ar, a pressão atmosférica, as correntes marítimas e ventos, entre outros. A classificação mais utilizada para os diferentes tipos de clima do Brasil assemelha-se à criada por Arthur Strahler, se baseando na origem, natureza e movimentação das correntes e massas de ar. Sabe-se que as massas de ar que interferem mais diretamente são a equatorial (continental e atlântica), a tropical (continental e atlântica) e a polar atlântica. Dessa forma, são verificados no país desde climas superúmidos quentes, provenientes das massas equatoriais, como é o caso de grande parte da região Amazônica, até climas semi-áridos muito fortes, próprios do sertão nordestino. Temos então, como principais tipos climáticos brasileiros:Subtropical, Semi-árido, Equatorial úmido, Equatorial semi-úmido, Tropical e Tropical de altitude. As regiões que possuem clima subtropical apresentam grande variação de temperatura entre verão e inverno, não possuem uma estação seca e as chuvas são bem distribuídas durante o ano. É um clima característico das áreas geográficas a sul do Trópico de Capricórnio e a norte do Trópico de Câncer, com temperaturas médias anuais nunca superiores a 20ºC. A temperatura mínima do mês mais frio nunca é menor que 0ºC. O clima semi-árido, presente nas regiões Nordeste e Sudeste, apresenta longos períodos secos e chuvas ocasionais concentradas em poucos meses do ano. As temperaturas são altas o ano todo, ficando em torno de 26 ºC. A vegetação típica desse tipo de clima é a caatinga. O Equatorial úmido apresenta temperaturas altas o ano todo. As médias pluviométricas são altas, sendo as chuvas bem distribuídas nos 12 meses, e a estação seca é curta. Aliando esses fatores ao fenômeno da evapotranspiração, garante-se a umidade constante na região. É o clima predominante no complexo regional Amazônico. Em uma pequena porção setentrional do país, existe o clima equatorial semi-úmido, que também é quente, mas menos chuvoso. Isso ocorre devido ao relevo acidentado (o planalto residual norte-amazônico) e às correntes de ar que levam as massas equatoriais para o sul, entre os meses de setembro a novembro. Este tipo de clima diferencia-se do equatorial úmido por essa média pluviométrica mais baixa e pela presença de duas estações definidas: a chuvosa, com maior duração, e a seca. Clima tropical: presente na maior parte do território brasileiro, este tipo de clima caracteriza-se pelas temperaturas altas. As temperaturas médias de 18 °C ou superiores são registradas em todos os meses do ano. O clima tropical apresenta uma clara distinção entre a temporada seca (inverno) e a chuvosa (verão). O índice pluviométrico é mais elevado nas áreas litorâneas. Clima tropica de altitude: apresenta médias de temperaturas mais baixas que o clima tropical, ficando entre 15º e 22º C. Este clima é predominante nas partes altas do Planalto Atlântico do Sudeste, estendendo-se pelo centro de São Paulo, centro-sul de Minas Gerais e pelas regiões serranas do Rio de Janeiro e Espírito Santo. As chuvas se concentram no verão, sendo o índice de pluviosidade influenciado pela proximidade do oceano.

República Nova

Sob a chefia de Getúlio Vargas, foi instaurado um governo provisório que durou até 1934. Embora vitorioso sobre a revolução constitucionalista de 1932, ocorrida em São Paulo, Vargas viu-se obrigado a convocar uma assembléia constituinte, que deu ao país uma nova constituição (1934), de cunho liberal. Em 1935, a Aliança Nacional Libertadora (ANL) promoveu uma revolta militar, conhecida como intentona comunista. Aproveitando-se de uma conjuntura favorável, Vargas deu um golpe de estado, em 1937, fechando o Congresso e estabelecendo uma ditadura de cunho corporativo-fascista, denominada Estado Novo, regida por uma carta outorgada, de caráter autoritário. Vargas governou até 1945, quando foi deposto por novo golpe militar. Durante seu governo, incentivou-se a industrialização, inclusive com a fundação da Companhia Siderúrgica Nacional, foi estabelecida uma legislação trabalhista, reorganizou-se o aparelho administrativo do Estado, com a criação de novos ministérios, e cuidou-se da previdência social, entre outros melhoramentos. Terceira República. As eleições de 1945 apontaram o general Eurico Gaspar Dutra como o novo presidente da República. Em seu governo, o Brasil ganhou uma nova constituição, foi modernizada a estrada de rodagem entre o Rio de Janeiro e São Paulo (rodovia Presidente Dutra) e começou o aproveitamento hidrelétrico da cachoeira de Paulo Afonso. Nesse período, firmaram-se os três grandes partidos que tiveram importância na vida política brasileira até a deflagração do movimento militar de 1964: o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), o Partido Social Democrático (PSD) e a União Democrática Nacional (UDN). O Partido Comunista Brasileiro (PCB) foi posto na ilegalidade. Em 1951, Vargas, candidato do PTB, voltou ao poder, eleito pelo voto popular. Em seu segundo governo, destacou-se a criação da Petrobrás, empresa estatal destinada a monopolizar a pesquisa, extração e refino do petróleo. Foi um período conturbado, que teve no atentado da rua Tonelero (dirigido ao jornalista Carlos Lacerda, mas em que morreu um oficial da Aeronáutica) um dos seus episódios mais importantes. Pressionado pelas classes conservadoras, e ameaçado de deposição por seus generais, Vargas suicidou-se em 24 de agosto de 1954. A eleição de Juscelino Kubitschek de Oliveira, candidato do PSD, inaugurou a era do desenvolvimentismo. Durante seu governo, orientado pelo Plano de Metas, construiu-se a nova capital, Brasília, inaugurada em 21 de abril de 1960; foram abertas numerosas estradas, ligando a capital às diversas regiões do país, entre as quais a Belém--Brasília; implantou-se a indústria automobilística; e foi impulsionada a construção das grandes usinas hidrelétricas de Três Marias e Furnas. A sucessão presidencial coube a Jânio Quadros, apoiado pela UDN, que, após sete meses de governo, renunciou. A subida de João Goulart ao poder contrariou as classes conservadoras e altos chefes militares. No início de seu governo, o Brasil viveu uma curta experiência parlamentarista, solução encontrada para dar posse a Goulart. Foi um período marcado por greves e intensa agitação sindical. O presidente terminou sendo deposto pelos militares, com apoio da classe média, em 1964. Regime militar. Os governos militares preocuparam-se sobretudo com a segurança nacional. Editaram vários atos institucionais e complementares, promovendo modificações no funcionamento do Congresso e tomando medidas de caráter econômico, financeiro e político. Os partidos políticos tradicionais foram extintos, e criadas duas novas agremiações políticas, a Aliança Renovadora Nacional (Arena) e o Movimento Democrático Brasileiro (MDB). Em 1967, promulgou-se nova constituição, que estabeleceu um poder executivo ainda mais forte. Com o crescimento da agitação estudantil e operária, foi editado o Ato Institucional nº 5, que fechou o Congresso. Em 1969, a Emenda Constitucional nº 1 deu ao país praticamente uma nova carta política. No campo do desenvolvimento econômico, as atenções dos governantes e dos tecnocratas voltaram-se prioritariamente para o combate à inflação, que atingira níveis alarmantes; para a construção de obras de infra-estrutura, sobretudo nas áreas de transportes -- como a rodovia Transamazônica e a ponte Rio--Niterói (oficialmente, ponte Presidente Costa e Silva) --, de comunicações -- com a implantação do sistema de comunicação por satélite -- e de energia, com a construção da usina hidrelétrica de Itaipu -- por meio de um convênio com o Paraguai -- e com a assinatura de um acordo com a Alemanha para a construção de usinas nucleares. O governo Geisel iniciou um processo de abertura democrática, lenta e gradual, desembocando na anistia política, que permitiu a volta ao país de numerosos exilados. Em seguida à anistia, veio o fim do bipartidarismo, e foram criados vários partidos políticos. No final da década de 1970, o movimento popular e sindical tomou um novo alento, o que levaria, nos primeiros anos da década seguinte, ao movimento das “diretas já”, que, embora não fosse vitorioso, permitiu em 1985 a eleição indireta pelo Congresso de Tancredo Neves, do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), para a presidência da República. Com a morte de Tancredo Neves, na véspera da posse, assumiu seu vice-presidente, José Sarney. Nova República O governo Sarney teve como fato econômico mais importante a implantação do Plano Cruzado, com vistas a combater a inflação pelo congelamento de preços e da troca da moeda. O fato político marcante do período foi a eleição de uma assembléia nacional constituinte, que em 1988 deu ao Brasil uma nova constituição. O fracasso do plano econômico e a corrupção generalizada contribuíram para polarizar as preferências eleitorais em 1989 em torno das candidaturas de Fernando Collor de Mello, apoiado por poderosas forças políticas, e Luís Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores. A vitória de Fernando Collor provocou uma euforia momentânea, logo dissipada pelo fracasso dos sucessivos planos econômicos e pelas denúncias de corrupção que atingiam figuras próximas ao presidente. Depois de intensa movimentação popular, Collor foi afastado do governo, em 1992, pelo processo de impeachment, conduzido pelo Congresso Nacional. Quadro atual O Presidente Itamar Franco, sucessor de Fernando Collor, contou com vasto apoio parlamentar e popular. Seus objetivos principais eram combater a inflação, retomar o crescimento econômico e diminuir a pobreza do povo brasileiro. O sucesso das medidas econômicas permitiu a eleição do criador do Plano Real, Fernando Henrique Cardoso, que conquistou a Presidência da República, e foi presidente por dois mandatos, de 1995 a 1998 e de 1999 a 2002. Em 27 de outubro de 2002, Luiz Inácio Lula da Silva é eleito Presidente da República Federativa do Brasil com quase 53 milhões de votos, e, em 29 de outubro de 2006 é reeleito com mais de 58 milhões de votos (60,83% dos votos válidos). No dia 31 de outubro de 2010, Dilma Rousseff foi eleita presidente do Brasil, cargo a ser ocupado pela primeira vez na história do país por uma mulher. Dilma Roussef obteve 55.752.529 votos, que contabilizaram 56,05% do total de votos válidos. Em seu pronunciamento oficial após vencer as eleições disse: “Vou fazer um governo comprometido com a erradicação da miséria e dar oportunidades para todos os brasileiros e brasileiras. Mas, humildemente, faço um chamado à nação, aos empresários, trabalhadores, imprensa, pessoas de bem do país para que me ajudem.”

A primeira grande guerra mundial!!!

Vários problemas atingiam as principais nações européias no início do século XX. O século anterior havia deixado feridas difíceis de curar. Alguns países estavam extremamente descontentes com a partilha da Ásia e da África, ocorrida no final do século XIX. Alemanha e Itália, por exemplo, haviam ficado de fora no processo neocolonial. Enquanto isso, França e Inglaterra podiam explorar diversas colônias, ricas em matérias-primas e com um grande mercado consumidor. A insatisfação da Itália e da Alemanha, neste contexto, pode ser considerada uma das causas da Grande Guerra. Vale lembrar também que no início do século XX havia uma forte concorrência comercial entre os países europeus, principalmente na disputa pelos mercados consumidores. Esta concorrência gerou vários conflitos de interesses entre as nações. Ao mesmo tempo, os países estavam empenhados numa rápida corrida armamentista, já como uma maneira de se protegerem, ou atacarem, no futuro próximo. Esta corrida bélica gerava um clima de apreensão e medo entre os países, onde um tentava se armar mais do que o outro. Existia também, entre duas nações poderosas da época, uma rivalidade muito grande. A França havia perdido, no final do século XIX, a região da Alsácia-Lorena para a Alemanha, durante a Guerra Franco Prussiana. O revanchismo francês estava no ar, e os franceses esperando uma oportunidade para retomar a rica região perdida. O pan-germanismo e o pan-eslavismo também influenciou e aumentou o estado de alerta na Europa. Havia uma forte vontade nacionalista dos germânicos em unir, em apenas uma nação, todos os países de origem germânica. O mesmo acontecia com os países eslavos. O estopim deste conflito foi o assassinato de Francisco Ferdinando, príncipe do império austro-húngaro, durante sua visita a Saravejo (Bósnia-Herzegovina). As investigações levaram ao criminoso, um jovem integrante de um grupo Sérvio chamado mão-negra, contrário a influência da Áustria-Hungria na região dos Balcãs. O império austro-húngaro não aceitou as medidas tomadas pela Sérvia com relação ao crime e, no dia 28 de julho de 1914, declarou guerra à Servia. Política de Alianças Os países europeus começaram a fazer alianças políticas e militares desde o final do século XIX. Durante o conflito mundial estas alianças permaneceram. De um lado havia a Tríplice Aliança formada em 1882 por Itália, Império Austro-Húngaro e Alemanha ( a Itália passou para a outra aliança em 1915). Do outro lado a Tríplice Entente, formada em 1907, com a participação de França, Rússia e Reino Unido. O Brasil também participou, enviando para os campos de batalha enfermeiros e medicamentos para ajudar os países da Tríplice Entente. Desenvolvimento As batalhas desenvolveram-se principalmente em trincheiras. Os soldados ficavam, muitas vezes, centenas de dias entrincheirados, lutando pela conquista de pequenos pedaços de território. A fome e as doenças também eram os inimigos destes guerreiros. Nos combates também houve a utilização de novas tecnologias bélicas como, por exemplo, tanques de guerra e aviões. Enquanto os homens lutavam nas trincheiras, as mulheres trabalhavam nas indústrias bélicas como empregadas. Fim do conflito Em 1917 ocorreu um fato histórico de extrema importância : a entrada dos Estados Unidos no conflito. Os EUA entraram ao lado da Tríplice Entente, pois havia acordos comerciais a defender, principalmente com Inglaterra e França. Este fato marcou a vitória da Entente, forçando os países da Aliança a assinarem a rendição. Os derrotados tiveram ainda que assinar o Tratado de Versalhes que impunha a estes países fortes restrições e punições. A Alemanha teve seu exército reduzido, sua indústria bélica controlada, perdeu a região do corredor polonês, teve que devolver à França a região da Alsácia Lorena, além de ter que pagar os prejuízos da guerra dos países vencedores. O Tratado de Versalhes teve repercussões na Alemanha, influenciando o início da Segunda Guerra Mundial. A guerra gerou aproximadamente 10 milhões de mortos, o triplo de feridos, arrasou campos agrícolas, destruiu indústrias, além de gerar grandes prejuízos econômicos.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Como se dá a concordância verbal do verbo "HAVER" quando este indicar existência ou acontecimento?

O verbo "Haver", quando indica existência ou acontecimento, é impessoal, devendo permanecer sempre na terceira pessoa do singular: Há graves problemas financeiros no país. Havia graves problemas financeiros no país. Sempre houve graves problemas financeiros no país. Parece haver graves problemas financeiros no país. Deve ter havido graves problemas financeiros no país.

Como se dá a concordância verbal do verbo "SER" quando este indicar horas?

Na indicação das horas, datas e distâncias, o verbo "SER" é impessoal (não tem sujeito) e concordará com a expressão designativa de hora, data ou distância: Era uma hora da tarde. São duas horas. São trinta e um de dezembro. Já é meio dia.

Como se dá a concordância verbal do verbo "SER"?

O verbo de ligação "SER" concorda com o predicativo quando o sujeito for um dos pronomes tudo, o, isto, isso, ou aquilo: Tudo eram dúvidas. Isso são alegrias. Obs.: o verbo "SER" ficará no singular quando o predicativo for formado de dois núcleos do singular: Tudo o mais é festa e alegria.

Crise econômica mundial em 15 passos!!!

Entenda a crise econômica mundial em 15 etapas: 1) A partir de 2001, o mercado imobiliário dos Estados Unidos passou por uma fase de expansão acelerada. 2) Com a ajuda do Federal Reserve (o Banco Central norte-americano), que passou a reduzir a taxa de juros, a demanda por imóveis cresceu, atraindo compradores. 3) Ao mesmo tempo, com os juros baixos, cresceu o número de pessoas que hipotecavam seus imóveis, a fim de usar o dinheiro da hipoteca para pagar dívidas ou consumir. 4) Em meio à febre de comprar imóveis ou hipotecá-los, as companhias hipotecárias passaram a atender clientes do segmento subprime (de baixa renda, às vezes com histórico de inadimplência). Contudo, como o risco de inadimplência desse setor é maior, os juros cobrados também eram maiores. 5) Diante da promessa de retornos altos aos empréstimos, os bancos compravam esses títulos subprime das companhias hipotecárias e liberavam novas quantias de dinheiro, antes de o primeiro empréstimo ser pago. 6) Ao mesmo tempo, esses títulos lastreados em hipotecas eram vendidos a outros investidores, que, por sua vez, também emitiam seus próprios títulos, igualmente lastreados nos subprime, passando-os, a seguir, para frente. 7) Todos se esqueceram, no entanto, de que se o primeiro tomador do empréstimo não consegue pagar sua dívida inicial, ele dá início a um ciclo de não-recebimento, de tal maneira que todo o mercado passa a ter medo de continuar emprestando dinheiro ou comprando novos títulos subprime. 8) A partir de 2006, os juros, que vinham subindo desde 2004, encareceram o crédito e afastaram os compradores de imóveis. Como a oferta começou a superar a demanda, o valor dos imóveis passou a cair. 9) Com a subida dos juros, as dívidas ficaram mais caras (e também as prestações das hipotecas), o que aumentou a inadimplência, fazendo com que a oferta de crédito também diminuísse. 10) Sem oferta de crédito, a economia dos EUA se desaqueceu, pois, se há menos dinheiro disponível, compra-se menos, o lucro das empresas diminui e empregos não são gerados. 11) Preocupado com os pagamentos de créditos subprime nos EUA, o banco BNP Paribas congelou cerca de 2 bilhões de euros de alguns fundos. 12) O mercado imobiliário, então, entrou em pânico, pois o ciclo de empréstimos sobre empréstimos havia sido congelado. Começaram a surgir os pedidos de concordata. 13) A crise passou a afetar todo o sistema bancário, afinal, as instituições financeiras apostavam nos títulos subprime. Várias instituições se viram à beira da falência. E se descobriu que, com a globalização, o sistema financeiro internacional estava contaminado e sofreria graves consequências. 14) Instalou-se, assim, uma crise de confiança e os bancos pararam de emprestar, congelando a economia, reduzindo o lucro das empresas e provocando desemprego. 15) Muitos países entraram em recessão, e seus respectivos governos têm, desde então, tomado diferentes medidas para aquecer a economia e, ao mesmo tempo, garantir que o sistema financeiro volte a emprestar.

Acordo ortográfico

O então presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou, no dia 29 de setembro de 2010, o decreto que estabelece o cronograma para a vigência do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. O evento aconteceu no Rio de Janeiro, em cerimônia na Academia Brasileira de Letras, durante sessão solene de celebração dos cem anos de morte de Machado de Assis. O acordo entrou em vigor em janeiro de 2009, mas as duas normas ortográficas --a atual e a prevista no acordo-- poderão ser usadas e aceitas como corretas nos exames escolares, vestibulares, concursos públicos e demais meios escritos até dezembro de 2012. A reforma ortográfica prevê mudanças na língua portuguesa, como o fim do trema, a supressão de consoantes mudas, novas regras para o emprego do hífen, inclusão das letras w, k e y ao idioma, além de novas regras de acentuação. A medida, segundo o MEC (Ministério da Educação), deve facilitar o processo de intercâmbio cultural e científico entre os países e ampliar a divulgação do idioma e da literatura em língua portuguesa.

Perguntas e respostas sobre ato administrativo

1)Como posso conceituar um ato administrativo? Ato administrativo é toda manifestação unilateral de vontade da Administração pública, que, agindo nessa qualidade, tenha por fim, imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir e declarar direitos, ou impor obrigações aos administrados ou a si própria. 2)O que devo entender por convalidação? A convalidação é o ato administrativo pelo qual o vício de um ato ilegal fica suprido, retroagindo até a data em foi praticado. Trata-se de ato discricionário, verificando a Administração, no caso concreto, o que melhor atende ao interesse público. Contudo, um ato praticado de má-fé ou causador de prejuízo a terceiros não pode ser convalidado. A possibilidade da convalidação também depende do vício que atinge o ato. Não será possível a ratificação se houver agressão à competência, à matéria tratada, ao motivo, à finalidade, ao objeto, que são elementos dos atos. 3)O que devo entender por revogação? É a supressão do ato administrativo legítimo e eficaz realizada pela Administração porque o ato já não lhe convém. Trata-se de ato perfeito e legal. É a aplicação do poder discricionário da Administração no controle de suas atividades internas. Regra geral, todo ato administrativo é revogável, devendo apenas cuidar do equilíbrio das relações jurídicas e do respeito ao direito adquirido. Os atos gerais são revogáveis, a qualquer tempo e em qualquer circunstância, respeitando-se os efeitos que produziram até o momento da revogação. Estes atos não geram direitos subjetivos porque não têm destinatários certos. Os atos individuais são em tese revogáveis, mas se gerarem direitos subjetivos para os destinatários ou ficarem exauridos os seus efeitos, não poderão ser modificados, tornando-se irrevogáveis. Sendo possível a revogação, a Administração só poderá ser responsabilizada pelos prejuízos sofridos na vigência do ato e não pelos prejuízos presentes ou futuros. Se o ato irrevogável tornar-se inconveniente a Administração, para suprimi-lo, deverá arcar com a indenização dos prejuízos causados ao particular. É a supressão do ato administrativo legítimo e eficaz realizada pela Administração porque o ato já não lhe convém. Trata-se de ato perfeito e legal. É a aplicação do poder discricionário da Administração no controle de suas atividades internas. Regra geral, todo ato administrativo é revogável, devendo apenas cuidar do equilíbrio das relações jurídicas e do respeito ao direito adquirido. Os atos gerais são revogáveis, a qualquer tempo e em qualquer circunstância, respeitando-se os efeitos que produziram até o momento da revogação. Estes atos não geram direitos subjetivos porque não têm destinatários certos. Os atos individuais são em tese revogáveis, mas se gerarem direitos subjetivos para os destinatários ou ficarem exauridos os seus efeitos, não poderão ser modificados, tornando-se irrevogáveis. Sendo possível a revogação, a Administração só poderá ser responsabilizada pelos prejuízos sofridos na vigência do ato e não pelos prejuízos presentes ou futuros. Se o ato irrevogável tornar-se inconveniente a Administração, para suprimi-lo, deverá arcar com a indenização dos prejuízos causados ao particular. 4)Quais são as formas de extinção do ato administrativo? O ato administrativo pode extinguir-se através das seguintes formas: I - pelo cumprimento dos seus efeitos; II - pelo desaparecimento do sujeito ou do objeto; III - pela retirada. 5)O que devo entender por anulação? É o desfazimento do ato administrativo por questões de ilegalidade. Pode ser promovida pela Administração ou pelo Poder Judiciário. Em vista do poder da autotutela a Administração deve afastar os seus atos ilegítimos, independentemente de provocação do interessado. Em regra, a Administração deverá anular o ato ilegal, mas deixará de fazê-lo se o prejuízo advindo da anulação for maior que o resultante da manutenção. Será ele convalidado, produzindo seus efeitos até a data em que foi praticado. A convalidação não pode ocorrer se o ato foi praticado de má-fé ou se resultou em prejuízo a terceiros. O ato nulo não vincula as partes , mas produz efeito em relação a terceiros de boa-fé. Declarada a nulidade, serão desfeitos todos os vínculos entre as partes, retornando ao estado anterior. Se houver provocação do interessado, o Poder Judiciário poderá anular o ato administrativo através de ações ordinárias ou dos remédios previstos constitucionalmente. O controle judicial dos atos administrativos é exclusivamente de legalidade e poderá ser exercido sobre qualquer ato. A ilegitimidade do ato administrativo não se prende somente ao seu ataque frontal à lei, mas ao abuso por excesso ou desvio de poder.

Acesso a provas de concursos da PMMG

Acessem o link https://www.policiamilitar.mg.gov.br/portal-pm/crs/conteudo.action?conteudo=201&tipoConteudo=itemMenu, e vejam provas de concursos anteriores da Polícia Militar do Estado de Minas Gerais!!! O grau de exigência é maior do que aquele previsto para a PMBA (concurso para Soldado PM), inclusive com questões de língua inglesa, mas serve de parâmetro para que os senhores e senhoras possam se ambientar com o estilo de prova!!!

Rainha Elizabeth completa 60 anos no trono

Reis e rainhas fazem parte do imaginário popular como símbolos de poder absoluto no continente europeu. Na maior parte das monarquias remanescentes, entretanto, a nobreza exerce mais uma função cerimonial do que política. É este o caso da rainha Elizabeth 2a, que no dia 6 de janeiro completou seis décadas no trono do Reino Unido. Monarquia é uma forma de governo em que o poder é concentrado em uma pessoa, o rei ou a rainha, que se mantém no cargo até morrer ou abdicar ao trono. A sucessão, na maioria dos casos, é hereditária, ou seja, a coroa passa de pais para filhos. Na Europa, essa tradição predominou desde a queda do Império Romano até por volta do século 18. Após esse período, as monarquias foram substituídas por repúblicas ou por uma versão mais moderna, chamada monarquia constitucional, em que o monarca é limitado pela Constituição ou restrito a um papel simbólico. Atualmente, 44 países preservam o regime monárquico. Na Europa, todas as monarquias são constitucionais (com exceção da cidade do Vaticano) e plenas democracias, como Dinamarca, Bélgica, Espanha, Suíça e Reino Unido. Países asiáticos, como Japão e Tailândia, também conservam esse antigo modelo de governo. Já no Oriente Médio, reis ainda detêm poderes absolutos, como em Brunei, Omar e Arábia Saudita. Desde o final de 2010, os reinados árabes são confrontados por protestos inéditos na região, mas nenhum rei até agora foi deposto, apenas presidentes. O maior reino do mundo é o Commonwealth Realm (Comunidade do Reino Unido). Ele é formado por 16 nações independentes que reconhecem a rainha Elizabeth 2a como chefe de Estado: Antígua e Barbuda, Austrália, Bahamas, Barbados, Belize, Canadá, Granada, Ilhas Salomão, Jamaica, Nova Zelândia, Papua-Nova Guiné, São Cristóvão e Névis, Santa Lucia, São Vicente e Granadinas, Tuvalu e Reino Unido (Inglaterra Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte). No total, 135 milhões de pessoas vivem no Commonwealth Realm. Jubileu de Diamante A rainha Elizabeth 2a, 85 anos, é a mais longeva da história da Inglaterra e a segunda em tempo de reinado, superada apenas pela rainha Vitória, que ficou 63 anos no trono (1837-1901). Ela é também a monarca há mais tempo no poder na Europa e a segunda no mundo, atrás apenas do rei Bhumibol Adulyadej, da Tailândia, que ocupa o cargo desde 1946. Elizabeth Alexandra Mary foi coroada em 6 de fevereiro de 1952, há 60 anos, após a morte do pai, o rei Jorge 6o. Desde então, superou escândalos familiares, crises políticas e tendências antimonarquistas na Grã-Bretanha. Na prática, a função da rainha é restrita a cerimoniais e outras formalidades, como nomeação do premiê e concessão de títulos a cidadãos ingleses. Para isso, recebe salários que somam R$ 20 milhões ao ano. O poder político, de fato, é exercido pelo Parlamento, composto pela Câmara dos Lordes e pela Câmara dos Comuns, e pelo Primeiro-Ministro e seu gabinete. A rainha é casada desde 1947 com o príncipe Philip, com quem teve quatro filhos: Charles, Anne, Andrew e Edward. O Príncipe Charles é o primeiro na linha de sucessão, seguido pelo neto da rainha, o Príncipe William. No Jubileu de Diamante, Elizabeth 2a reafirmou seus compromissos com a realeza britânica, afastando a hipótese que poderia abdicar em favor do Príncipe Charles. Os ingleses, no entanto, preferem que o trono britânico seja ocupado pelo príncipe William, que em 29 de abril do ano passado se casou com Catherine Middleton, numa cerimônia acompanhada por dois bilhões de pessoas em todo o mundo. A razão da impopularidade do Príncipe Charles foram os escândalos que cercaram o casamento com a princesa Diana, em um dos períodos mais difíceis do reinado de Elizabeth 2a. A crise atingiu o auge quando a princesa Diana, muito querida entre os ingleses, morreu em um acidente de carro em 31 de agosto de 1997. Na ocasião, a rainha estava de férias na Escócia, com o filho e os netos. A ausência da família real em Londres e o silêncio da rainha – que relutou em emitir um comunicado oficial sobre a morte da ex-nora – motivaram críticas da opinião pública (situação retratada no filme “A Rainha”). Hoje, ela recuperou a boa reputação entre os ingleses, amparada pela complacência da imprensa britânica e a repercussão positiva do casamento do neto.